Hormônio Gonodotrófico (hCG)

Este marcador bioquímico é utilizado no Teste de Risco Fetal de Primeiro trimestre, no Triplo e no Integrado.

É um hormônio glicoproteico composto de duas subunidades: alfa e beta.
O papel fisiológico da hCG é manter o corpo lúteo funcionante até a 7ª – 9ª semana de gestação. O corpo lúteo secreta vários hormônios fundamentais para esta fase inicial da gravidez: estrogênios, progesterona, 17-alfa-hidroxiprogesterona, relaxina e inibina.

A hCG passa a ser detectada no sangue materno a partir do 7º dia após a ovulação, aumentando progressivamente até atingir seu pico na 10ª semana, com níveis em torno de 50.000 a 100.000 mUI/ml. A partir daí seus níveis começam a declinar lentamente até o nascimento.

Normalmente, apenas uma pequena proporção (<1%) da subunidade beta está presente na forma livre (ß-hCG livre).

O ß-hCG (beta-hCG) livre se origina de três fontes:

1. secreção direta pelas células trofoblásticas;
2. dissociação lenta da hCG circulante;
3. corte (‘nicking”) da hCG no tecido trofoblástico, seguida de rápida dissociação na circulação sistêmica.

Vários tipos de ensaio de hCG têm sido propostos para o rastreamento pré-natal. No rastreamento de Trissomia do 21 no 2º trimestre podem ser utilizados ensaios que medem a hCG intacta (alfa e beta) ou “total” (hCG intacta mais o ß-hCG livre), ou somente o ß-hCG livre. No DLE utilizamos o ß-hCG livre nos testes de 2º trimestre.

No rastreamento de T21 no 1º trimestre devem sempre ser utilizados os ensaios de ß-hCG livre.

Na síndrome de Down fetal é observado um aumento dos níveis de hCG (intacta, “total” e ß-hCG livre), uma característica singular desta cromossomopatia, não sendo encontrada em outras aberrações cromossômicas, com a possível exceção da Síndrome de Turner.

Nas gestações múltiplas as concentrações de hCG(intacta, “total” e ß-hCG livre) são cerca de duas vezes maiores que as concentrações nas gestações de feto único.